quarta-feira, 28 de setembro de 2011

De tudo nada fui atento.

Deixo sob todo este lixo, a minha vontade de viver.
Deixo aqui também meu sonho de ser alguém.
Vejo que não há mais saída, as risadas não me alcançam mais.
Os dedos já estão em suas marcas, apontando como uma escopeta.
Meus olhos não sangram mais, e sentimentos eu já não sei definir.

Apenas entendam, a culpa foi inteira minha.
Eu fiz meus caminhos, e meu estranho encontro com a morte é o que escolhi.
De todos os desejos que tive nesse decorrer de vida, hoje só me resta um.
Por favor, não deixem ninguém se culpar por nada.

De todos os sorrisos que dei até hoje, amigos jamais se esqueçam.
As noites que dormi ninguém sabia, mas eu esperava não acordar.
Sonhos eu me fiz de sonhos, e aprendi que são apenas sonhos.
Já errei muito, e nunca soube consertar, creio que essa seja a hora.

De todos os amores que tive em minha vida, agradeço pelos sorrisos.
Mas nada me faz satisfeita, nada me faz completa.
A morada da tristeza é meu coração, mas não sintam dó, eu a escolhi como companheira.
De tudo que eu já fiz até hoje, a minha melhor escolha foram vocês, amigos.

Deixarei o Orgulho dos meus pais, pendente, eu nunca fui capaz.
Deixo pra trás o olhar mais lindo, de minha mãe.
Deixo o rosnar que sempre me fez rir do meu pai.
Deixo de sentir qualquer sentimento, qualquer vontade, eu apenas deixo.

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