sábado, 29 de outubro de 2011

Bar, vômitos e indiferenças

Bar, lugar onde pessoas costumam se acomodar até suas tristezas saírem como vômitos, suas magoas ditas como um desabafo, para outras pessoas que estão ainda piores.
Sou um deles, confesso, porem não vou ao bar, vou a qualquer lugar, qualquer canto que eu possa sentar-me e virar o copo, acender meu cigarro verde, algum lugar que seus olhos não encontrem, algum lugar que meus olhos não te procurem, nenhuma droga muda essa vontade de sumir, de esquecer até seu nome, eu gosto de esquecer das coisas, é como se não houvesse acontecido, como se eu estivesse só sonhado, e então quero que você volte a ser um nada pra mim.
Dou mais um trago, a minha direita vem um homem bêbado em demasia, seus olhos gritam tristeza, e seus ouvidos alcançam os comentários de pessoas tão fracassadas quanto ele, dizendo e apontando olha aquele velho imundo, bêbado, que não se aguenta, e minha vontade é de levantar e ir atrás dessas pessoas, engula os dentes, suas palavras e sua falta de respeito, talvez ele seja igual a você, só que sem ninguém que possa o escutar.
Talvez ele possa ser igual a mim, só que com mais vontade da morte.

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