domingo, 21 de agosto de 2011

O passado sempre volta pra escorrer entre lágrimas.

Eu tento por um momento não lembrar de todas as vezes que eu precisei de uma mãe, e você não soube ser.
Olho dentro dos seus olhos, tento me achar , mas você não me tem.
Penso nas coisas que faço, penso nos degraus que subo, ao olhar pra trás, vejo que você nunca sorri com a minha vitória, era só minha obrigação.
Olho sua casa, e não sinto vontade de ter nada disso, por que é sujo.
Eu nasci, cresci, e você não viu nada, você nem si quer me abraçou.
Você reclama da minha aparência, reclama dos meus panos, reclama dos meus olhos, reclama.
Seja mulher, bata de frente, olhe quem eu virei, você não vê nada e eu não te vejo mais.
Não sinto alegria de te ver sorrindo, não sinto pena ao te ver chorar, não tenho mais elos amorosos.
Odeio o que você se tornou, virou alguém que eu já tinha raiva, e que vive com você.
Você reflete as merdas que acontecem, e novamente ouço dentro de um quarto dizendo que tem vontade de sumir e largar tudo.
E minha cabeça volta em tempos, em que você era minha heroína enquanto a merda do seu marido, pensava no carro e em sumir, você estava trabalhando pra ter o leite de casa. A história se contorceu um bocado, a merda do marido continua igual.
E você a merda do espelho dele.

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